Corrupção e Política: O Combate à Impunidade e a Necessidade de Reformas

Perícias em celulares e material apreendido com Bolsonaro e Cid indicam suspeita de conta no exterior ligada ao ex-presidente
Na semana passada, a investigação já havia descoberto a existência de conta do ex-ajudante de ordens no BB Americas, subsidiária internacional do Banco do Brasil, na Flórida.


Análise nos celulares de ex-ajudante de ordens e Bolsonaro revela suspeita de conta no exterior ligada ao ex-presidente


Segundo fontes da investigação da Polícia Federal (PF) que apura se o tenente-coronel Mauro Cid fez algum tipo de lavagem de dinheiro, as perícias feitas até agora nos celulares e material apreendido do ex-ajudante de ordens e de Jair Bolsonaro revelam suspeitas de uma conta no exterior ligada ao ex-presidente.

Por Cesar Tralli, TV Globo
Corrupção e Política: O Combate à Impunidade e a Necessidade de Reformas


A corrupção política é um problema sério que afeta a sociedade brasileira, minando a confiança nas instituições democráticas e comprometendo o desenvolvimento econômico e social do país. Neste artigo, discutiremos as leis brasileiras relacionadas à corrupção e política, bem como as consequências para um político que cria contas no exterior, nos EUA, para depositar dinheiro ilícito. Além disso, exploraremos críticas ao sistema atual e possíveis soluções para combater a impunidade.
Leis brasileiras sobre corrupção e política:
No Brasil, a corrupção é um crime previsto no Código Penal e na Lei de Improbidade Administrativa. Existem diversas legislações que visam combater a corrupção no âmbito político, como a Lei de Combate à Lavagem de Dinheiro e a Lei da Ficha Limpa.

Quanto à criação de contas no exterior para depositar dinheiro ilícito, isso configura um crime de lavagem de dinheiro, previsto na Lei nº 9.613/98. Além disso, a ocultação de patrimônio no exterior pode caracterizar crime contra a ordem tributária, conforme a Lei nº 8.137/90.

Consequências para um político que cria contas no exterior para dinheiro ilícito:
Se um político for descoberto criando contas no exterior para depositar dinheiro ilícito, ele estará sujeito a diversas penalidades previstas na legislação brasileira. Além da responsabilização criminal, que pode resultar em prisão, multa e perda do cargo público, também pode haver ações de improbidade administrativa, levando à inelegibilidade e à perda dos direitos políticos.

Apesar das leis existentes, a corrupção política continua sendo um problema persistente no Brasil. Muitas vezes, a impunidade prevalece devido à lentidão do sistema judiciário, à influência política e à falta de recursos adequados para investigações efetivas. Além disso, a burocracia e a complexidade do sistema legal podem permitir brechas para a prática da corrupção.

Para combater a corrupção política de forma efetiva, são necessárias medidas mais abrangentes. Aqui estão algumas possíveis soluções:

1. Fortalecer instituições de combate à corrupção: Investir em órgãos como a Polícia Federal, Ministério Público e o Poder Judiciário, garantindo recursos e independência para investigações e processos judiciais.

2. Transparência e prestação de contas: Estabelecer mecanismos eficazes de transparência nas contas públicas, como a divulgação detalhada de gastos e a criação de auditorias independentes para fiscalizar o uso dos recursos.

3. Reforma política: Promover uma reforma política abrangente, com medidas que diminuam a influência do dinheiro nas campanhas eleitorais, incentivem a participação cidadã e aprimorem a representatividade política.

4. Educação cívica: Investir na educação cívica desde a infância, promovendo a consciência cívica, ética e responsabilidade dos cidadãos em relação à política.

5. Aprimoramento das leis: Revisar e aprimorar as leis existentes relacionadas à corrupção e política, de modo a torná-las mais efetivas e abrangentes, fechando possíveis brechas legais e agilizando os processos judiciais.

6. Cooperação internacional: Fortalecer a cooperação entre os países no combate à corrupção, trocando informações e facilitando a recuperação de ativos no exterior.

A corrupção política é um problema complexo que exige ações enérgicas e abrangentes. Embora existam leis no Brasil para punir atos corruptos, a impunidade ainda persiste. É fundamental que a sociedade como um todo exija transparência, responsabilização e reformas estruturais para combater efetivamente a corrupção e garantir um sistema político mais ético e confiável. Somente assim poderemos construir um futuro melhor para o nosso país.

E o militar que se envolve nisso aí?

Quando um militar é envolvido em casos de corrupção, as punições podem variar dependendo das circunstâncias específicas e das leis aplicáveis. No Brasil, as Forças Armadas possuem um sistema próprio de justiça militar, regido pelo Código Penal Militar (CPM) e pelo Código de Processo Penal Militar (CPPM). Essas legislações estabelecem as normas para o julgamento e a punição de crimes cometidos por militares.
No caso de um militar envolvido em corrupção, ele estará sujeito a processos administrativos e penais. Além disso, pode enfrentar as seguintes punições:

1. Processo Administrativo Disciplinar (PAD): Os militares estão sujeitos à aplicação de sanções disciplinares, como advertência, repreensão, detenção, prisão disciplinar, transferência compulsória, perda de posto ou graduação e exclusão das Forças Armadas. Essas punições são aplicadas pelo próprio sistema disciplinar militar.

2. Processo Judicial Militar: Caso haja indícios de crimes militares, o militar envolvido pode ser submetido a um processo judicial militar. Se condenado, ele estará sujeito a penas previstas no Código Penal Militar, que podem incluir reclusão, detenção, perda do posto ou graduação, além de outras penalidades específicas para militares.

É importante ressaltar que, em determinados casos, quando o crime cometido por um militar envolve também a esfera civil, ele poderá ser processado tanto na justiça militar quanto na justiça comum. Dessa forma, além das punições previstas pelo Código Penal Militar, ele estará sujeito às penas estabelecidas pelo sistema judiciário civil.
Vale destacar que as punições podem variar de acordo com a gravidade do crime, a extensão dos danos causados, a participação do militar no delito e outros fatores relevantes. Cabe ao sistema de justiça militar avaliar cada caso específico e aplicar as punições de acordo com a legislação vigente.

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