Advogado do hotel em Garibaldi onde estava mulher procurada há 44 anos diz que ela vivia como uma pessoa da família Idosa de 73 anos foi encontrada nesta semana após uma denúncia anônima à polícia.
Na tarde desta sexta-feira (3), o Hotel Pieta, onde vivia a idosa desaparecida há 44 anos e localizada em Garibaldi, se manifestou por meio do assessor jurídico, Flávio Green Koff. O caso veio à tona nesta quinta, quando a Polícia Civil proporcionou o reencontro da idosa com a família de Cachoeirinha. Foram os policiais que localizaram a mulher em um quarto no subsolo do hotel na última terça, depois de terem recebido uma denúncia anônima. O nome da mulher não foi divulgado. Na redondeza, ela era conhecida como Luíza.
Koff esclareceu que nos anos 1970, quando tinha 19 anos, a moradora de Cachoeirinha, chegou a Garibaldi e trabalhou em um outro hotel. No período de 1990 a 2000, ela foi funcionária do Pieta, sendo contratada pela fundadora, Dolfina Pieta. O hotel é da família desde 1951. Depois, o contrato da mulher foi encerrado, mas, ela não queria sair da cidade e não tinha para onde ir.
verificou que ela se encontrava em condições insalubres.
A suspeita sobre a denúncia anônima, que gerou a localização de Luíza e a devolução para a família, é sobre uma pessoa que trabalhou pouco tempo no hotel. O advogado acredita que por essa funcionária não ter sido contratada, após a experiência, ela resolveu fazer uma falsa denúncia de maus-tratos. A Polícia Civil esteve no hotel, levou a mulher para a delegacia.
A atual gestora do hotel foi chamada até a delegacia para ajudar, já que a vítima se negava a ir embora com a família de Cachoeirinha. Ao chegar lá, de acordo com o advogado da família Pieta, Luíza correu para os braços dela e pediu que não a deixasse ser levada embora. Mas, ao final a idosa foi convencida a voltar.
O advogado até o momento não teve acesso ao inquérito policial, pois, a família Pieta não foi ouvida na investigação. Ele acredita que ao longo da próxima semana terá conhecimento do depoimento da idosa.Vizinhos acreditam que idosa não sofria maus-tratos
Os vizinhos do hotel também foram procurados pela reportagem. Na manhã desta sexta-feira, proprietários de alguns estabelecimentos da redondeza lembraram da mulher.
Os comerciantes preferiram não gravar entrevista e nem se identificar, mas, em conversas informais foi possível apurar que a idosa não conversava com as pessoas da rua. Segundo uma comerciante do ramo de flores, a idosa saía do hotel e varria a calçada esporadicamente. Ela acredita que a mulher não sofria maus-tratos e que possivelmente ela foi acolhida anos atrás pela proprietária do hotel.
Outra comerciante, de um estabelecimento de utilidades, salientou que a idosa tinha o cabelo grisalho, pintado, não tinha sinais de desnutrição, aparentava ser bem cuidada, vestia boas roupas. A mulher era tímida, não cumprimentava as pessoas que passavam enquanto ela varria. Todos ao redor acreditavam que ela trabalhava ali. Os vizinhos afirmaram que não tinham conhecimento sobre as condições em que a mulher vivia dentro do hotel.
O segurança de um supermercado, próximo ao hotel, comentou com a reportagem que a idosa ia ao local fazer compras, porém, nunca falava com as demais pessoas.
Fonte : GZH
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